Simples Nacional Híbrido: Alternativa ou Armadilha?

A reforma tributária apartir de 2026 impõe um desafio estratégico para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) no Simples Nacional.
Com o novo IVA — baseado na transferência de créditos — surge uma fragilidade que ameaça a competitividade de milhares de pequenos negócios

⚖️ O Problema: a Restrição na Transferência de Créditos

O ponto crítico está na relação entre empresas do Simples Nacional e aquelas do regime geral de tributação (Lucro Presumido ou Lucro Real).
Na nova lógica do IVA, a transferência de créditos tributários se torna um fator essencial de competitividade.

Quando uma empresa do regime geral compra de outra no mesmo regime, ela pode se creditar integralmente do valor de IBS e CBS pagos.
Esse crédito reduz o imposto a pagar nas vendas futuras.

No entanto, quando a compra é feita de um fornecedor do Simples Nacional, o cenário muda.
A empresa não pode se creditar da alíquota padrão do IVA, estimada em entre 26 a 28%.
O crédito fica limitado ao valor realmente recolhido pelo fornecedor no DAS, que possui alíquotas menores.

Consequentemente, o crédito transferido é menor.
O resultado é claro: o produto ou serviço do fornecedor do Simples torna-se menos competitivo.
Embora o preço pareça menor, o custo tributário do comprador aumenta, pois ele tem menos crédito para abater.
Assim, empresas do regime geral tendem a priorizar fornecedores fora do Simples, para maximizar créditos e reduzir custos

🔄 A Solução: o “Simples Híbrido”

Para amenizar essa perda de competitividade, a reforma criou o Simples Nacional Híbrido.
Nesse modelo, a empresa do Simples pode optar por recolher IBS e CBS “por fora” do regime simplificado.

Ela continua pagando IRPJ, CSLL e CPP unificados no DAS, mas calcula IBS e CBS como no regime geral.
Com isso, ganha o direito de transferir créditos integrais para seus clientes B2B, recuperando competitividade.

Por outro lado, essa escolha traz mais complexidade.
A empresa precisa manter escrituração detalhada, controle de débitos e créditos e obrigações acessórias robustas.
Em resumo, perde a principal vantagem do Simples: a simplicidade

⚔️ Uma Escolha que exige reflexão

As empresas do Simples que atuam no mercado B2B enfrentarão um dilema.
Devem manter a simplicidade, arriscando perder clientes, ou adotar o modelo híbrido, assumindo mais complexidade operacional.

Em ambos os casos, o Simples Nacional, como o conhecemos, muda de essência.
A reforma cria uma divisão natural:

  • o Simples “puro” tende a se manter viável apenas para empresas B2C, que vendem ao consumidor final;
  • já as empresas B2B precisarão migrar para o Simples Híbrido ou para o Lucro Presumido.

🧩 Em Resumo

A reforma tributária redefine o papel do Simples Nacional a partir de 2026.
As micro e pequenas empresas precisarão reavaliar suas estratégias e tomar decisões estruturais para continuar competitivas.
O que antes era apenas “simples” agora se torna uma decisão estratégica de sobrevivência.

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