
A reforma tributária é a maior mudança no sistema fiscal brasileiro em décadas. Ela promete simplificação, transparência e eficiência. Mas os impactos não serão iguais para todos os setores.
E um deles sente mais pressão: o setor de serviços, responsável por quase 70% do PIB brasileiro segundo o IBGE e pela maior parte dos empregos formais.
Apesar da promessa de modernização, a expectativa é de aumento de custos. E parte desse peso deve chegar ao preço final ao consumidor.
O que muda na prática?
O novo modelo unifica cinco tributos (PIS, Cofins, IPI parcial, ICMS e ISS) em dois:
- IBS — Imposto sobre Bens e Serviços
- CBS — Contribuição sobre Bens e Serviços
Eles formam o IVA Dual, com uma alíquota única estimada entre 26% e 28% — maior que a carga atual média do setor (cerca de 8,65%).
Por quê?
O setor de serviços usa mais mão de obra e menos insumos. E salários não geram créditos — diferente da indústria, que consegue compensar tributos ao adquirir matérias-primas.
Resultado: menos créditos, mais imposto.
Setores mais pressionados
Algumas atividades terão benefícios, como:
- Educação
- Saúde
- Cultura
- Profissões regulamentadas
Mas outras seguem com alíquota cheia — como:
- Consultorias
- Escritórios de advocacia
- Tecnologia da informação
- Serviços administrativos e operacionais
Nesses casos, o impacto pode ser significativo.
Promessa de simplificação… mas com riscos
Mesmo com o novo modelo, especialistas alertam:
- Alíquotas diferentes podem criar novas complexidades
- Interpretação das regras pode aumentar custos de compliance
- Benefícios a setores específicos podem gerar distorções e disputas legais
Ou seja: ainda há risco de mais burocracia e mais litígios.
Como as empresas podem se preparar
Para manter competitividade, empresas do setor de serviços precisam agir. Algumas estratégias essenciais:
- Revisar o modelo tributário
- Automatizar processos e digitalizar controles
- Avaliar contratos, fornecedores e preços
- Melhorar fluxo de caixa e eficiência operacional
A reforma pode trazer desafios — mas também uma oportunidade para evoluir.
Conclusão
O setor de serviços entra em um período de adaptação.
Margens apertadas e dependência de mão de obra tornam a transição mais sensível.
Porém, quem investir em gestão, tecnologia e estratégia tributária pode sair na frente.
A palavra-chave? Preparação.
A reforma não é apenas uma mudança de alíquota.
É um convite — ou uma exigência — para acelerar a transformação empresarial.
Para empresários e gestores
O momento pede:
- Planejamento
- Modernização
- Gestão tributária inteligente
Isso não é apenas sobre pagar impostos.
É sobre competitividade e sobrevivência no novo ciclo econômico do Brasil
A transição tributária já começou, e quem se preparar primeiro terá vantagem competitiva.
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